quinta-feira, 5 de junho de 2014

César Coll: entender o contexto é uma das chaves para a aprendizagem


                    O professor da Universidade de Barcelona, defensor do currículo e do uso de tecnologias na educação, fala que entender aspectos culturais e sociais do aluno é um fator essencial para garantir que todos aprendam.

 

Na década de 1990, o espanhol César Coll, professor de Psicologia Evolutiva na Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona e coordenador da reforma educacional espanhola, foi um dos principais consultores do Ministério da Educação (MEC), aqui no Brasil, na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Estes documentos, elaborados de acordo com a disciplina e com o segmento de ensino, oferecem diretrizes para a elaboração dos currículos escolares.

Um dos motivos pelos quais os PCNs não são um currículo “fechado”, mas apenas uma matriz de referência, deve-se à linha de pensamento de Coll e à teoria da Aprendizagem Significativa, criada pelo pensador americano David Ausubel (1918 – 2008). Para Ausubel, aprender significativamente é ampliar o repertório, isto é, dar um novo significado a ideias já existentes em nossa mente, com base em novas informações que recebemos. É como se criássemos novos links mentais, com base no conhecimento que já temos.

Coll segue nesta linha de pensamento. Para o espanhol, não importa o que o professor ensina, mas o que o aluno absorve na aprendizagem. E, para que o estudante aprenda, alguns aspectos devem ser levados em conta – como o ambiente em que ele está inserido e os conhecimentos prévios que já tem.

“Os PCNs são muito importantes no direcionamento de alguns ensinamentos, mas cada escola deve ordená-los com sua proposta pedagógica e estabelecer uma metodologia”, explica Cristiana Assumpção, coordenadora do curso de ciências e do laboratório de biologia do Colégio Bandeirantes. Além disso, os currículos escolares devem contemplar as especificidades culturais e sociais de cada região e de cada comunidade. Um bom currículo contém conteúdos, objetivos e procedimentos de ensino, enquanto que os parâmetros são um guia para a elaboração das diretrizes curriculares.

O currículo impacta a aprendizagem significativa

Para Coll, que bebe na fonte de pensadores que são verdadeiros pilares da educação, como Jean Piaget, Lev Vygotsky e o já citado David Ausubel, a elaboração do currículo escolar é essencial para o aprendizado. Para o professor da Universidade de Barcelona, este documento deve inclui muito mais que a descrição das práticas de sala de aula ou uma lista de conteúdos. Um bom currículo deve incluir atividades que contemplem toda a comunidade escolar. O pensador dá a este envolvimento o nome de Comunidades de Aprendizagem, onde todos ao redor do estudante são partes fundamentais no processo de ensino.

“Coll tem uma linha de pensamento construtivista e hoje, no Brasil, nós estamos passando pela mudança do papel do professor e da sua relação com os alunos”, afirma Cristiana, que acredita que as ideias do pensador estão cada vez mais integradas às escolas. “Existem escolas mais radicais, onde o aluno ajuda a construir, ativamente, o próprio currículo e outras que os deixam colaborar. Mas o fato é que não se pode mais negar a importância do papel do estudante”, observa.

César Coll acredita que entender o contexto cultural e social da vida do aluno é essencial para que ele absorva os conteúdos transmitidos pelos educadores. Por isso, a aprendizagem é indissociável do contexto. Além disso, o espanhol defende a forte presença de temas transversais no currículo, como as questões relacionadas à saúde, reciclagem, sexualidade e outros assuntos recorrentes na vida dos jovens.

A tecnologia como aliada

A tecnologia deve ser uma forte aliada dos professores, tanto na hora de transmitir conhecimento, quanto no momento da pesquisa e da preparação das aulas. A utilização das ferramentas comuns no dia-a-dia dos alunos é uma forma de fazer com que os conteúdos sejam compreendidos mais facilmente.

Cristiana, que criou um projeto com o uso do jogo Minecraft para os alunos do Ensino Fundamental do Colégio Bandeirantes, afirma que é necessário que os educadores conheçam as TIC para mediar e incentivar certas práticas. “Os alunos utilizam muito bem as ferramentas, mas falta uma maturidade para encontrar caminhos que façam com que estas ferramentas sejam benéficas no quesito educacional e é aí que entra o professor”, explica. A professora também indica que a colaboração na rede é o melhor caminho para que educadores troquem experiências e inspirem-se para lidar com diferentes situações didáticas.

Sete motivos para um professor criar um blog



Betina von Staa
A intenção é trazer para cá algumas das ideias
que a gente vê perdidas pelo mundo — real ou virtual

(Blog de Nelson Vasconcelos)

Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.
Mas o que vem a ser isso? Trata-se de um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser comentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a Internet. Em comparação com um site comum, oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado. Comparando-se com um fórum, a discussão, no blog, fica mais centrada nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com frequência para serem comentados.
Esse gênero foi rapidamente assimilado por jovens e adultos do mundo inteiro, em versões pessoais ou profissionais. A novidade é tão recente; e o sucesso, tamanho, que em seis anos, desde o início de sua existência, em 1999, o buscador Google passou a indicar 114 milhões de referências quando se solicita a pesquisa pelo termo “blog”, e, só no Brasil, aparecem 835 mil resultados hoje. 
No mundo acadêmico, por sua vez, esse conceito ainda é praticamente desconhecido. O banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) não apresenta nenhuma referência sobre o tema e, mesmo em buscas internacionais, são pouquíssimos os trabalhos a respeito do que se pode fazer com um blog nas escolas. Todas as referências encontradas estão no pé deste artigo.
Não é à toa que tantos jovens e adultos começaram a se divertir publicando suas reflexões e sua rotina e que tantos profissionais, como jornalistas e professores, começaram a entrar em contato com seu público e seus alunos usando esse meio de comunicação. No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e não é porque a academia ainda não disse ao professor que ele pode usar um blog que essa forma de comunicação deve ser deixada de lado. Com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.
1-     É divertido
É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários. 
2-     Aproxima professor e alunos
Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar ideias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.
3-     Permite refletir sobre suas colocações
O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.
4-     Liga o professor ao mundo
Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço.  Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.
5- Amplia a aula
Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.
6-     Permite trocar experiências com colegas
Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)
7-     Torna o trabalho visível
Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?
Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!

Referências bibliográficas:
KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.
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Betina von Staa é coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo Informática. Autora e docente de cursos on-line para a COGEAE, a Fundação Vanzolini e o UnicenP, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP.

Blogs como ferramenta pedagógica



Professores e alunos já usam todos os atrativos dos diários online para criar uma rede de ensino e comunicação

Os blogs estão se profissionalizando e deixando de ser apenas "diário virtual adolescente" para
virar palco de discussões e fonte de informações para muitos setores. No mundo corporativo, vários executivos têm seus próprios blogs, assim como jornalistas renomados também mantêm um canal próprio de informação e discussão. E esta febre começa a contagiar professores e educadores, que já vêem nos blogs uma alternativa para comunicação na educação e um excelente meio para oferecer uma formação descentralizada.

De acordo com educadores, não há limite para a utilização dos blogs na escola. Primeiro, pela facilidade de publicação, que não exige nenhum tipo de conhecimento tecnológico dos usuários, e segundo, pelo grande atrativo que estas páginas exercem sobre os jovens. "É preciso apenas que os professores se apropriem dessa linguagem e explorem com seus alunos as várias possibilidades deste novo ambiente de aprendizagem. O professor não pode ficar fora desse contexto, deste mundo virtual que seus alunos dominam. Mas cabe a ele direcionar suas aulas, aproveitando o que a internet pode oferecer de melhor", afirma a educadora Gládis Leal dos Santos.

Desde o debate de temas atuais até a divulgação de projetos escolares: em todas as disciplinas é possível utilizar o blog como ferramenta pedagógica. Segundo Gládis, vários professores já utilizam esta ferramenta com excelentes resultados. Há diferentes tipos de blogs educacionais: produção de textos, narrativas, poemas, análise de obras literárias, opinião sobre atualidades, relatórios de visitas e excursões de estudos, publicação de fotos, desenhos e vídeos produzidos por alunos.

Para Suzana Gutierrez, pesquisadora do Núcleo de Estudos, Experiências e Pesquisas em Trabalho, Movimentos Sociais e Educação (TRAMSE), da UFRS, o interessante é que os blogs permitem que os participantes produzam textos e exerçam o pensamento crítico, retomando e reinterpretando conceitos e práticas. "Os weblogs abrem espaço para a consolidação de novos papéis para alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem, com uma atuação menos diretiva destes e mais participante de todos." Ela lembra que os blogs registram a concepção do projeto e os detalhes de todas as suas fases, o que incentiva e facilita os trabalhos interdisciplinares e transdisciplinares. "Pode-se assim, dar alternativas interativas e suporte a projetos que envolvam a escola e até famílias e comunidade."

A educadora Sônia Bertocchi concorda que os blogs têm potencial para reinventar o trabalho pedagógico e envolver muito mais os alunos. "Há aqui um grande poder de comunicação e os alunos passam a ser escritores, leitores e pensadores." Para ela, que já trabalhou com blogs na formação de professores, os diários eletrônicos são um excelente recurso para desenvolver trabalhos em equipe, discutir e elaborar projetos. Além disso, servem como espaço para anotações de aula e discussão de textos. "Os blogs ajudam a construir redes sociais e redes de saberes, mas é a criatividade, de professores e alunos, que vai determinar a otimização da ferramenta."

Passo a passo
Gládis estuda há algum tempo todas as possibilidades dos blogs, mas só no começo deste ano é que iniciou um blog para uso didático na escola municipal CAIC Professor Mariano Costa, em Joinville (SC), onde é Coordenadora de Informática Educacional. O objetivo era iniciar uma discussão com os professores sobre seu papel frente às novas tecnologias e apresentar o blog como ferramenta educacional. "Para a grande maioria, este foi o primeiro contato com um blog. Alguns já conheciam por meio de seus filhos, mas nunca haviam postado comentários e muito menos pensado em utilizar este recurso em suas aulas."

Ela lembra que este foi um exercício muito interessante. Este blog continua em uso para a divulgação de projetos da escola e, também, funciona como um ponta-pé inicial para outros blogs, como o Acelera2005, destinado aos alunos das classes de Aceleração. "O objetivo principal é trabalhar a auto-estima destes alunos, muitos deles desinteressados ou agressivos por conta de repetições."

Formada em Letras, com especialização em Língua Portuguesa, a professora também coordena o Palavra Aberta, dirigido à publicar textos e idéias de alunos de sétima e oitava séries de todas as partes do País. O projeto é divulgado em listas de discussão e pelo Orkut e já recebeu contatos de alunos de cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Há ainda o Oficina de Educação, que reúne links educacionais e pretende ser uma fonte de pesquisa para professores que desejam usar a internet com seus alunos.

A participação em um chat sobre blogs educacionais selou a amizade virtual entre Gládis e a professora gaúcha Marli Fiorentin. E elas criaram o Trocando Letras, espaço para narrar descobertas no mundo dos blogs e trocar idéias sobre o trabalho com os alunos.

Projeto de mestrado
Suzana Gutierrez atua com blogs desde 2002. Começou em um projeto com alunos da faculdade em que trabalhava e incluiu o assunto em sua dissertação de mestrado. A partir daí, se envolveu em vários projetos, como o Relendo Clássicos, blog colaborativo de uma disciplina do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS; o Prática Educativa em Medicina, blog colaborativo da disciplina de mesmo nome da Faculdade de Medicina da UFRGS; o InTramse, com notícias do Núcleo de Estudos e Experiências em Trabalho, Movimentos Sociais, Saúde e Educação (TRAMSE) da UFRGS; e o Argumento, blog-revista do TRAMSE/UFRGS.

Hoje, Suzana dedica parte de seu tempo ao Vamos Blogar?, que aborda temas relativos à educação, tecnologias da informação e da comunicação, projetos pedagógicos etc. O Vamos Blogar? surgiu em 2003 como apoio à uma oficina sobre blogs realizada na Faculdade de Educação da UFRGS. Agora ele é aberto, colaborativo e já se tornou um projeto internacional, pois tem entre seus contribuintes profissionais da Espanha, Portugal, Uruguai e Argentina.
Estatísticas:
15,5 milhões é o total de blogs do mundo
1 blog é criado a cada segundo
30% da população online dos EUA visitam blogs
Em junho foram criados 80 mil blogs por dia
Blogs com conteúdo político, estilo de vida, tecnologia e escritos por mulheres são os mais acessados.

Reflexão coletiva
A educadora Sônia Bertocchi, mantém o blog Lousa Digital desde abril de 2005. Segundo ela, o blog é um espaço para reflexão coletiva sobre o uso pedagógico da internet. Apesar de ser colaboradora do portal de educação EducaRede, onde publica seus textos, Sônia sentiu a necessidade de um espaço com informações diárias. "Queria trocar figurinhas com educadores de uma maneira mais pessoal", conta.

O Lousa Digital tem um público formado por pessoas interessadas em educação e, especialmente, na incorporação de novas tecnologias da informação e da comunicação à prática pedagógica. "Tenho uma média mensal de 200 visitantes, entre educadores, formados ou em formação, de várias regiões do País, além de um número significativo de educadores de Portugal que visita regularmente o blog", revela. Hoje, o Lousa Digital tem sido referenciado - linkado - em blogs como o do YahooEducação, Intermezzo, Indústrias Culturais (Portugal), e-Cuaderno (Espanha), entre outros.

- Sônia é professora de Língua Portuguesa. Ela trabalhou mais de 30 anos com alunos do Ensino Médio, além de lecionar Literatura para alunos do curso de Letras. Hoje, atua na formação de professores para o uso de novas tecnologias, sendo formadora do CENPEC - Centro de Pesquisa, Educação e Cultura. Ela também coordena a Comunidade Virtual "Coisas Boas da Minha Terra", projeto que conta com a parceria da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, envolve todas as Diretorias de Ensino e contempla cerca de 890 escolas da rede pública estadual.

Objetivo do BLOG Pedagógico



Promover a discussão das possibilidades do uso de blog na Educação, através de um trabalho cooperativo, oferecendo subsídios teóricos e práticos que permitam a reflexão sobre as possibilidades pedagógicas dessa ferramenta.

Blog Pedagógico


Conceito de BLOG
 
Blog é uma das diversas tecnologias da comunicação e informação que são disponibilizadas na Web. A aplicabilidade da ferramenta em contexto educacional terá êxito se houver uma capacitação adequada dos professores, onde o aluno é co-autor de seu processo de aprendizagem e o professor um mediador dos conhecimentos adquiridos pelos alunos. Assim, pretende-se, promover a discussão sobre o espaço de possibilidades oferecido pelo uso dos blogs na Educação utilizando como recurso o próprio blog.